sexta-feira, 2 de maio de 2008

GRAU DE INVESTIMENTO

GRAU DE INVESTIMENTO:

Fitch pode elevar Brasil em maio,prevê Merrill Lynch São Paulo, 2 de maio de 2008 - O banco de investimento norte-americano Merrill Lynch acredita que a próxima agência de classificação de risco a mudar o patamar do Brasil para grau de investimento é a Fitch Ratings. Segundo a instituição, uma data oportuna para o anúncio seria a primeira semana de maio, data que marca
um ano da classificação BB + pela instituição.

Para o banco de investimentos, a mudança do patamar brasileiro para grau de investimento anunciada na última quarta-feira pela Standard&Poors tem resultados positivos duradouros para o País. Segundo o ML, diminui o risco dos prêmios e conseqüentemente, a queda das taxas de câmbio e juros.

O Merril Lynch destaca que, com a nova classificação, a moeda brasileira mais
forte, taxas de juros domésticas mais baixas e financiamentos mais longos,
beneficiarão diretamente os setores ligados ao consumo interno, construtoras e
bancos.

O banco vê boas perspectivas para o consumo interno, com um forte crescimento
de crédito - spreads mais baixos e de maior duração, além do crescimento da
renda familiar. Os analistas da instituição destacam o menor custo da dívida
brasileira. Além disso, alavancadas financeiramente, as empresas se beneficiarão
do custo mais baixo da dívida e um acesso mais fácil ao crédito.

No setor de infra-estrutura, os financiamentos de longo prazo tendem a reduzir
o risco de execução de projetos de longa duração e um acesso mais fácil ao
crédito para financiar expansões.

A previsão do Merrill Lynch é de queda nas taxas de juros, em especial na
ponta longa da curva, a partir dos contratos de Depósitos Interfinaceiro (DIs)
de 2012. Isso porque o declínio nos rendimentos, na ponta curta até janeiro de
2010, deve ser limitado pela incerteza quanto à duração do ciclo de aperto
monetário. "O declínio nos rendimentos é justificado por uma redução do prêmio
de risco em toda a curva, impulsionada por uma melhoria da qualidade de crédito
do país", diz o relatório da instituição.

JS/Agência Leia

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